Filho de Anésia Machado Maciel e Paulo José Maciel; ela, cozinheira de mão cheia no Colégio Estadual de Campos Gerais e o pai, marceneiro. O DNA artístico veio da família paterna, pois o avô, João Romão, também era um habilidoso marceneiro.
Aos 5 anos, Vitor Maciel começou a desenhar os bois do avô Romão com carvão, no terreiro da fazenda Morro Cavado, no sul de Minas. Os rabiscos dos animais da raça Guzerá, mediam sete metros de comprimento.
A partir dos 7 anos, passa a morar com sua tia Orozina, matriarca da família; é ela quem mais fomentou os estudos e a produção artística de Vitor.
Aos 12 anos, monta o seu primeiro ateliê na casa da tia costureira. Pinta faixas, faz cartazes para os alunos, professores e até maquetes para os estudantes de arquitetura. A pedido de sua tia Dôra Chavez, também pinta os painéis do calendário litúrgico da igreja matriz.
Com a ajuda do destino, conhece o artista Claude Monet por meio de um calendário do laboratório Roche Farmacêuticos, no consultório do Dr. Luiz José. Ele leva o calendário para o seu ateliê. Vale lembrar que nesta época não havia internet e nem computador, portanto todas pesquisas eram feitas por meio de livros, revistas e TV.
Aos 13 anos, faz o primeiro curso de pintura a óleo com a artista plástica, Maria Lúcia de Almeida, (esposa de um juiz transferido de Barbacena, MG para a cidade de Campos Gerais, município de 35.000 habitantes).
Aos 14 anos, reproduz os profetas de Michelângelo. Sua madrinha, Imaculada Chavez, traz da Itália, uma réplica do teto da capela Sistina.
Aos 18 anos, presta vestibular para arquitetura na UFMG, é reprovado! Começa a fazer rádio adulto contemporâneo e jornalismo. Montanhês FM.
1998 Numa manhã de domingo, o cantor Belchior, acompanhado da promoter Luciana Chavez, visita o ateliê do artista e compra três telas da série Sistina.
1999 Em dezembro, mudou-se para RIBEIRÃO PRETO SP, onde trabalha como radialista em uma emissora adulto contemporânea. Diário FM.
2004 Foi morar em LONDON, UK. Enquanto esperava um trainee na BBC - Bush House, fazia constantes visitas de estudo aos museus de arte:
Na National Gallery, passava horas em frente a impressionante obra “Execução de Lady Jane Grey” de Paul Delaroche (1833); na TATE Modern, deitava no chão para admirar a expografia e a arquitetura do lugar.
2006 Doença da mãe (AVC), retorna ao Brasil. Entra em profunda depressão.
2008 O amigo espanhol, Yelel Canãs, vem visitá-lo e o estimula voltar à pintura. Em um mês, pinta o retrato do amigo, o quadro se encontra em Valência, na Espanha. Os meses que Yelel permanece em Campos Gerais, estimula a criação da obra-prima: “Gênesis”, uma ruptura com o acadêmico. Esta tela ficou sob a curadoria de Matheus França, em Londres, durante oito anos. Hoje ela faz parte do acervo particular do artista.
2010 Inicia a pesquisa de semiótica na Arte-Educação pela UFM
2012 Um imbróglio judicial, permite a demolição do casarão colonial da tia Zina, o que provoca mais indignação. Era ali que estavam as memórias do seu primeiro atelier, lugar onde viveu por 20 anos. Em setembro do mesmo ano, a mãe morre; tem o consolo da tia Zina, já debilitada; dos amigos da igreja e da arte!
2013 No final de janeiro, viaja a ARGENTINA para visitar a família do amigo Almir Diniz; em San Isidro, pinta Ivana Berkoff e a filha, Emília Diniz.
2013 Em outubro, realiza no Teatro Capitólio de Varginha, MG, a Exposição Brasilidade Indigente - semiótica na Arte-Educação.
2014 Volta a residir em Ribeirão Preto, SP.
2015 Viaja à NOVA YORK. O amigo Maureen Lagos o aconselha a pintar retratos.
Visita ao MoMA (Museu de Arte Moderna), onde aconteceu o encontro pessoal com a obra “Reflexos de nuvens no lago de Nenúfares” (1920), o painel azul de Claude Monet. Vitor Maciel jamais imaginaria aquela dimensão (2,00 x 2,70). Durante décadas só conhecia aquela pintura no calendário que manteve em seu atelier. No Metropolitan MET, conhece o acervo dos demais impressionistas
Estuda Cézanne numa exposição inédita que acontecia no museu de Arte da Universidade de Princeton - New Jersey e para ficar claro que é um homem abençoado, reconhece outra figura que estava no velho calendário do laboratório Bosh, a Ponte Japonesa (1899)
Foi na universidade de Princeton que viu o primeiro tríptico de Jean Michel Basquiat (1960-1988). Levaria alguns anos para reconhecer a importância do artista que pintou NOTARY (1983).
2016 - Volta a Europa, com a carteira de jornalista da Federação Internacional, realiza uma imersão nas obras de Antoni Gaudí. Os meses que passou em BARCELONA, faz Vitor Maciel ressignificar a Arte e decide voltar à Arquitetura.
Apresenta a tela “Voa bicho”, com traços dos índios Mundurukus, às galerias catalanas, a obra é desprezada na JORDI PASCUAL e apreciada na galeria ÀMBIT e Mayó.
2017 - Casa-se com Solange Kézia Maciel. Para a cerimônia matrimonial, Vitor pinta a esposa e seu primeiro autorretrato.
2019 - A convite do amigo de rádio, Rodrigo Prioli, assume a cadeira de jornalista âncora na TV Thathi Ribeirão Preto ao lado do jornalista José Fernando Chiavenato. Logo torna-se a Voz Padrão de toda cadeia de rádios e TVs do empresário da Educação, Chaim Zaher.
2020 Na ADEVIRP - ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO, indicado pelo jornalista Morandini, escreve os roteiros e grava as áudiodescrições de 67 obras de Cândido Portinari, projeto de acessibilidade para o Museu “Casa de Portinari - Livro Poemas de Portinari”.
Escreve o roteiro e grava a audiodescrição da História da Arte Nacional para o EJA, projeto do Governo do Estado de São Paulo. Ao descrever a arte para os deficientes visuais, compreende a importância da semiótica na Arte-Educação.
2020 Ingressa à faculdade de arquitetura e urbanismo onde estuda História da Arte pela primeira vez. Ao estudar luminotécnica e expografia, descobre na curadoria da Arte o elo que sempre procurou.
2021 Pinta a mãe, Anésia Maciel, a tela é uma das obras analisadas na banca do comitê nacional da AIAP-UNESCO e ingressa à Associação dos Artistas Plásticos Internacionais, com sede em Paris.
2022 Pinta a tia Zina, a primeira pessoa que o chamou de artista. Entende a relevância da sua criticidade e representatividade social como artista plástico.
2022 Realiza uma série de exposições na região metropolitana de Ribeirão Preto em comemoração aos 35 anos de arte. Analisa o tipo de curadoria que cada cidade oferece aos artistas.
2023 Realiza na ALESP - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a iconográfica exposição: “As cores do Brasil!”